Eu bem sei, inexisto.
Mas vezes tem que me esqueço,
visto concretudes e me vejo e sou
visto concretudes e me vejo e sou
daí que as pessoas pensam que existo...
Estes pensares até que atraem,
vou ficando quase de realidades até transbordar
e vem um nada todo novo e me leva
vou ficando quase de realidades até transbordar
e vem um nada todo novo e me leva
são cheiros e tons de irresistir
aromas de vácuo, de astros, crateras e siderais
então um senso de tudo me prende e navego
é quase
têm abismos azuis na inexistência...
tão bonitos são
bordados de luz e sombras
dia há que não voltar será simples
e de azulêncios toda eu
en_fim
tão bonitos são
bordados de luz e sombras
dia há que não voltar será simples
e de azulêncios toda eu
en_fim
Um comentário:
Só mesmo em azulências pode caber o verbo inexistir.
E gostei muito do ritmo do poema, que cria um contraste interessante com o próprio título.
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