CAMINHOS VÃOS
De súbito na estrada
Sustos de outras eras
Automóveis curvam-se
E aos bois passagens cedidas...
Lentos olhares
Olhos de boi
Negros cantares
Os homens relembram
De épocas outonais.
Eia! Peão!
Eia boi...
Ah! O peão...
Figura que re-existe
Gritos tão doces
Berra o berrante
Num triste lamento
Entoando notas ancestrais
Sob o sol escaldante
Vão...
Charqueadas e mate
Vão...
Guampa e tereré
Vão...
Frio agulhante, chapéu e poncho
Vão...
Chuvas em torrentes,
Vão...
Entre laços e cordas
Vão...
Saudades da cabrocha
Vão...
Guiando, os olhos tão tristes vão
Por caminhos diversos,
Vão...
Cruzam o asfalto
Em vão...
E seguem-se os roncos
Fuligem e fumaça
Perdem-se nos esquecimentos
Pasto verde e branco,
Eles vão...
Em vão!
Filho da escuridão
Há 13 anos
Um comentário:
Onde vc está mulher? Desejo adicioná-la como amiga...gsoto de seus poemas e pelo jetio somos ocmpanheiras de caminhada...Professoras...Beijos... Meu amigo morreu de tanta bebida e frogas. Teve câncer aso 33 anos devido a uma autodestruíção começada a partir da morte de seu pai. Sentia-se meio culpado, sei lá! Era realmente lindo, uma pessoa encantada! Amigos de infância...bebíamos uma pinga...kkkkkk Hoje, sou mulher comportada...
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