como nas cacimbas a água doce...

eu nasci como nasce nas cacimbas a água doce
amiga das sombras e das chuvas aprendi a desintegrar-me
aos ventos perder-me...
dissolver como o orvalho ao som do sol

nos ventos do tempo fui livre
me encontrei descalça entre folhas secas

procurando poesia no cheiro da terra molhada
ouvi direto dos galhos os segredos da seiva e da vida

e me descobri renascer

meus reinos eram arvorais pertinhos de azul
por isso o azul sempre me desertou comovimentos

se um pingo de azul me envolve
posso ser risos, ser lágrima, sentimentos.

translúcida poesia
descobri paixões por universos de letranças andanças

das dores da vida aprendi o peso da indiferença
e da importância de nunca me desimportar.

escrevo e desnudo ao mundo um universo de rimas e sentidos
desnudam-me meus amores livrescos e poéticos cativam sensibilidades perdidas.

Não aprendi a fugir e dói a indiferença
temo a ignorância que se quer crueldade.

Se magoada, recolho-me em conchinhas colhidas ao mar enamorado.

escolhi entre conchas
meu recanto de sonhos e sons de azul

estendo amores em varal ao vento colorido
quando em fixos olhos multicolores me perco
sinto uma ausência da menina perdida nos desalentos das tardes.

um manto me cobre e só o que me descobrirá
será um tu, mesclado de mim।

3 comentários:

Anônimo disse...

Agradezco los palíndromos que me envio.Ahi van unos cuantos mas:

Yo le aviso si va Eloy


Isaac no ronca asi


A Mercedes ese de crema


Amo la pacifica paloma


Sam,yo doy mas


A Pepa



Un saludo y hasta pronto Verbal Roura

Phoenix disse...

Que blog mais lindo!!!!!!!!!
Você acalmou meu cora~ção hoje...

Beijos...

Fábio Santana Pessanha disse...

Minha querida poeta... vejo que, ao contrário de mim, vem se dedicando ao seu blog. Não me refiro só a uma questão visual, mas, e principalmente, à sua imersão poética. Confesso que me sinto orgulhoso por ter um certo "dedinho" nisso tudo (se é que me permite pensar tal carinhosidade).

Desculpe minha ausência, mas o mar deste poeta anda muitíssimo conturbado... quem sabe um dia te explique isso...
Por enquanto deixo carinhos e a tranquilidade de um despertar poético.

Beijos

Fábio

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