Delírios
Passos esvoçantes sob chuvas secretas
Cachos molhados pingando frutais.
Percorrem o corpo indiscretas,
Gotas atrevidas cheirando a sol.
Escorrem libidinosas e curvas
Beijam pálidas e turvas, recantos outonais.
Se entregam cheios e úmidos,
Lábios mordentes de puro rosal.
Dedos longínquos dissolvendo os laços
Resvalam em lento e puro deslumbre.
Odores de terra molhada invadem sentidos
Diluem-se versos em rimas, sensabores outonais.
Olhos cerrados ao mundo, gotejam risos e lágrimas,
Relvas de puro jasmim em aquática dança.
Escapam libidinosos e ingênuos suspiros
Revelando festejos, íntimos festivais.
Filho da escuridão
Há 12 anos
2 comentários:
"Cheirando a sol"? incrível, adorei.
po vc vai ter q perdoar a minha grosseiria e perversão, mas eu entendi essa poesia como uma descrição extremamente magnífica e sensitiva de uma masturbação feminina... desculpa se não eh isso.
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