Eu
eu que sou
uma entre tantas
e de palavras sou
e de palavras vou
uma entre tantas
e de palavras sou
e de palavras vou
porque as Outras,
(sou tantas e ninguém)
sabem do medo
e de pudores
e faces rubras
e contêm-se
(sou tantas e ninguém)
sabem do medo
e de pudores
e faces rubras
e contêm-se
elas são-me
eu as sou
eu as sou
mas há em mim
essa febre
que se quer verbo
até que eu me encontre
no vento e na vertigem
de ser
essa febre
que se quer verbo
até que eu me encontre
no vento e na vertigem
de ser
eu, frente ao espelho
face tímida-lasciva
de mulher-menina
face tímida-lasciva
de mulher-menina
apetece-me
vestir-me deles
vestir-me delas
vestir-me deles
vestir-me delas
e em seus sentidos
eu sou o objeto
eu sou a posse
eu sou o objeto
eu sou a posse
a febre que é dele
a febre que é dela
a febre que é dela
em palavras desvendando-me
na nudez de todos nós
na nudez de todos nós
há também ele
mas garganta embargada
calei meus desejos
fiz-me quimera
mas garganta embargada
calei meus desejos
fiz-me quimera
6 comentários:
Um mergulho em águas profundas em busca da matéria de que somos feitos...
Muito bom, parabéns!
Bj
Que tus deseos-quimeras se conviertan en realidad.
Bicos grandes.
Sabe encontrei alguém com um angulo de visão e escrita parecida com a minha loucura(poética), linda estou esmiuçando teu mágicos cantinhos e amadorando, beijos !!!
Olha como sou ou estou:
http://ulissesreis.blogspot.com/2008/02/serestar.html
Aqui meus contos, venha conhecer, beijos !!!
Mais um dos seus belos poemas! *.*
Seu blog está lindo, Tânia! Aproveita para ver a brincadeira na qual eu te incluí:
http://amanda-reznor.blogspot.com/2011/11/10-coisas-de-que-eu-nao-gosto.html
=)
Bjaum,
Mandinha
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