Aos sonhos: noturnos pedidos


Mergulhar em águas sereno-turbulentas

De um rio-poema entristecido ou agitado

Percorrer o caminho e sempre se des-conhecer

A cada curva um segredo que revela-se.


Olhos rasos: esperar

O que não se prende

O que não sossega

Que divide-se

Que inquieta

Que multiplica-se

Que é fome

Que é feito fera

Que arde o corpo

E ao sentimento lacera


Certas noites

Na hora que-já-é-madrugada

Esperam olhos sonolentos

Imploram as estrelas: que ele venha

Com seus cálidos abraços aromas de azul

E com seus lábios de fome e sede

.......Se embriaguem

.............Se entorpeçam

..................Se enlacem feitas rimas

Num surreal poema.


O corpo sente e pressente

A ausente presença inspira: ciúme-suspiros: desejos


Aos sonhos noturnos pedidos

Aos lábios um beijo

Aos corpos um enlevo

E a cada madrugada

Um suspiro a lua enamorada

3 comentários:

Betha Mendonça disse...

Tânia,
É indescritível a beleza e pujança da tua poesia.
Bjins meus, Betha.

Jeffrey S. Buckley disse...

Gostei...vou passar mais vezes...

vem no meu! Serás bem-vinda!

Pedro Penuela disse...

lindo demais seu blog! parabéns
a intensidade dos anseios, das cores com q são pintados... gostei bastante.
e fico feliz q tenha gostado do poema do Hernandez no meu blog. Adoro a gravação do Serrat tb...
Sempre bem-vinda qndo quiser passar por lá.
Abraços

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