abraça-me
e de abrupto
um beijo
e espanta-me afogueada a face
aflora-me quase profano
teu nome
que transborda-me em sílabas salivas
ah,
pecado e deleite
perdão e lascívia
tanto me entrega
diz de mim a mim
ao tom de uma voz
que desconheço e sei
tendo-te em meus lábios assim
e
talvez
medo seja
de perder-me
na absurda densidade tua
que baixinho me leva
e desvanece-me
nessas horas perdidas
entre abismo e absinto
no azul de teus abraços
fragmento-me
entre abismo e absinto
no azul de teus abraços
fragmento-me
e
já sem medo
agarro-me a ti
entre as unhas sinto
os soluços d’alma tua
e da tenra maçã
que de metamorfose
oferta-se e seduz
mordo e deleito-me
em doce e liquefeito beijo.
encontro-me enfim.
já sem medo
agarro-me a ti
entre as unhas sinto
os soluços d’alma tua
e da tenra maçã
que de metamorfose
oferta-se e seduz
mordo e deleito-me
em doce e liquefeito beijo.
encontro-me enfim.
5 comentários:
Gostei muito do conteúdo e design do teu blogue. É uma delícia ler tuas poesias.
Abração!
Dejarse llevar y ser en ese sentimiento tan profundo, así expresado, es el camino de la levedad y del fuego, de quien se dice humano, de quien siente dentro, intenso.
Puro deleite. Me ha encantado, como siempre. Un placer leerte, siempre, Tania.
Un beso.
Fui percorrida pelas suas palavras, Tania. Lindo poema!
Tânia, sempre supreendendo-nos com sua poesia. A utilização do espaço de maneira consciente, traz a leveza conhecida na maravilhosa trama dos sentidos entre significantes e o significado consequente da abdução no seu universo poético. Abraços, Vitor.
Antes, claro, obrigado por sua visita. Depois, óbvio, ausência do que dizer quando o que se diz esvai-se em palavras... Então, fiquemos naquela ansiedade do quase que é sempre rica de porvir... e continuar tentando ser pedra...
Beijos
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