Amigos e leitores ocasionais, estou tentando unir os conteúdos de todos os blogues em um só, ficarei muito feliz em receber a visita de vocês todos nos meus novos cantinhos:
Concurso de contos - Prêmio Henry Evaristo de Literatura Fantástica
Sobre o Prêmio Henry Evaristo de Literatura Fantástica, algumas considerações...
Este concurso de contos é uma homenagem ao escritor Henry Evaristo e, também, uma comemoração por um ano de existência do site A Irmandade.
Quem conhece um pouquinho do grupo, sabe que ele nasceu em um fórum, em conversas de amigos em torno de uma paixão comum, a literatura fantástica, principalmente no gênero terror. Quando o Henry faleceu, ficamos um tanto órfãos, mas a paixão pela literatura permaneceu e o site foi o resultado disso.
E em sua homenagem, criamos o “Prêmio Henry Evaristo de Literatura Fantástica”. Um concurso de contos para quem gosta de escrever... e ler. Como prêmio, mais de quarenta livros doados por amigos autores e editoras.
É isso, esperamos vocês por lá, e meus sinceros agradecimentos aos amigos e colaboradores d’A Irmandade.
Este concurso de contos é uma homenagem ao escritor Henry Evaristo e, também, uma comemoração por um ano de existência do site A Irmandade.
Quem conhece um pouquinho do grupo, sabe que ele nasceu em um fórum, em conversas de amigos em torno de uma paixão comum, a literatura fantástica, principalmente no gênero terror. Quando o Henry faleceu, ficamos um tanto órfãos, mas a paixão pela literatura permaneceu e o site foi o resultado disso.
E em sua homenagem, criamos o “Prêmio Henry Evaristo de Literatura Fantástica”. Um concurso de contos para quem gosta de escrever... e ler. Como prêmio, mais de quarenta livros doados por amigos autores e editoras.
É isso, esperamos vocês por lá, e meus sinceros agradecimentos aos amigos e colaboradores d’A Irmandade.
Saiba mais Aqui.
Neide
Praça do Papa - Campo Grande - MS/ Tânia Souza |
Neide
Era uma tarde de melancolias e sol
E você se foi...
Não tive tempo de ver o pôr-do-sol. Ou medo foi...
Vislumbrei lá fora alguns resquícios de vermelho quebrando o azul
Mas meu coração estava tão quebrado...
A tristeza do poente não caberia em meu olhar.
Aquarelando o dia, a certeza de um adeus.
Era uma tarde de melancolias e sol
E você se foi...
Lembranças táteis: minha mão em sua face e seu sorriso meigo
Você estava tão cansada, mas não queria se entregar
E inventamos uma brincadeira de quimeras:
Seu olhar traduzia esperança e eu fingia acreditar.
Então, novembro ficou tão triste de repente...
Não houve ponteiros brincando de tempo
Havia um ritmo dolorido das horas contadas
E a urgência em um adeus quase impossível de se aceitar
Era uma tarde de melancolias e sol
E você se foi.
Não aprendi não ter você aqui...
Para minha irmã Neide, que partiu desse mundo insano em 25/11/2011
*Ainda me lembro do dia que tiramos essa foto...
*Ainda me lembro do dia que tiramos essa foto...
poemento-me
Eu
eu que sou
uma entre tantas
e de palavras sou
e de palavras vou
uma entre tantas
e de palavras sou
e de palavras vou
porque as Outras,
(sou tantas e ninguém)
sabem do medo
e de pudores
e faces rubras
e contêm-se
(sou tantas e ninguém)
sabem do medo
e de pudores
e faces rubras
e contêm-se
elas são-me
eu as sou
eu as sou
mas há em mim
essa febre
que se quer verbo
até que eu me encontre
no vento e na vertigem
de ser
essa febre
que se quer verbo
até que eu me encontre
no vento e na vertigem
de ser
eu, frente ao espelho
face tímida-lasciva
de mulher-menina
face tímida-lasciva
de mulher-menina
apetece-me
vestir-me deles
vestir-me delas
vestir-me deles
vestir-me delas
e em seus sentidos
eu sou o objeto
eu sou a posse
eu sou o objeto
eu sou a posse
a febre que é dele
a febre que é dela
a febre que é dela
em palavras desvendando-me
na nudez de todos nós
na nudez de todos nós
há também ele
mas garganta embargada
calei meus desejos
fiz-me quimera
mas garganta embargada
calei meus desejos
fiz-me quimera
meu corpo desviou-se em orgasmos líricos desdobrando-me prazer letrais
um sonho orgíaco dancei com versos embebidos em mel e sal
palavras ousadas deslizavam em alternância
diante dos meus olhos inquietos de rebuscas antigais
outras tocavam-se
e arrepios líricos enchiam lágrimas em olhos sedentos
cada palavra, áspera, vã ou pessegal beijava meus lábios
que se queriam cerrados/calados
ou ofertando risos cálidos e claros
invadi-me nuvem aspiral
danças esquizofrênicas
lambendo violinos de rasgantes doçuras
meu corpo desviou-se em orgasmos líricos
desdobrando-me prazer letrais
e as palavras que eu desejei em suspiros gráficos?
ocultavam-se em risos brincantes
provocavam meus anseios de liras ancestrais,
estipulavam desafios, assoprando que gritasse
num murmúrio agônico minha ânsia tátil
ah! e o poemas diziam-me de faces coradas...
escorriam versos em minha epiderme
ah, tocar as palavras
sentir suas pétalas agudas entranhando se em mim
eu as vi!
vi suas constâncias artes
estas palavras que não me deixam
tautologias percorrentes
e num poetar ainda que disfarçadas
insurgindo-se pois têm vidas estas palavras
e gritei re-afirmando que se ocultem
ora, que voltassem para os recônditos dos dizeres da infância
ou aos beijos molhados da adolescência.
não viram que estou por outros caminhos?
gargalharam de minhas tolas meiguices
e tive desejos de agarrar e descobrir suas entranhas,
mas ressurgiram e insurgem-se sempre
quando as vejo ali estão cravadas e flutuantes
e mostraram-me seus dentes coloridos a rir-se
ah, minhas ingênuas desditas...
alternâncias sem pudores entres luz e sombra
e deixei por fim que chegassem a mim.
sussurrantes e irônicas..
ser! afoita transformação sem desdizer-me.
gemidos gentis volutando renasceres...
toquei a verde face de tuas palavras em rimas cúbicas
deliciei-me com nossos murmúrios ébrios
e descaradamente o poema segredante
timpanou meus sentidos em ácidos delírios
despertar-me em ânsias por chãos de papiro
e orvalhar meus dedos líricos
e num suspiro de verborragias oníricas
adormecer em meus descaminhos
palavras ousadas deslizavam em alternância
diante dos meus olhos inquietos de rebuscas antigais
outras tocavam-se
e arrepios líricos enchiam lágrimas em olhos sedentos
cada palavra, áspera, vã ou pessegal beijava meus lábios
que se queriam cerrados/calados
ou ofertando risos cálidos e claros
invadi-me nuvem aspiral
danças esquizofrênicas
lambendo violinos de rasgantes doçuras
meu corpo desviou-se em orgasmos líricos
desdobrando-me prazer letrais
e as palavras que eu desejei em suspiros gráficos?
ocultavam-se em risos brincantes
provocavam meus anseios de liras ancestrais,
estipulavam desafios, assoprando que gritasse
num murmúrio agônico minha ânsia tátil
ah! e o poemas diziam-me de faces coradas...
escorriam versos em minha epiderme
ah, tocar as palavras
sentir suas pétalas agudas entranhando se em mim
eu as vi!
vi suas constâncias artes
estas palavras que não me deixam
tautologias percorrentes
e num poetar ainda que disfarçadas
insurgindo-se pois têm vidas estas palavras
e gritei re-afirmando que se ocultem
ora, que voltassem para os recônditos dos dizeres da infância
ou aos beijos molhados da adolescência.
não viram que estou por outros caminhos?
gargalharam de minhas tolas meiguices
e tive desejos de agarrar e descobrir suas entranhas,
mas ressurgiram e insurgem-se sempre
quando as vejo ali estão cravadas e flutuantes
e mostraram-me seus dentes coloridos a rir-se
ah, minhas ingênuas desditas...
alternâncias sem pudores entres luz e sombra
e deixei por fim que chegassem a mim.
sussurrantes e irônicas..
ser! afoita transformação sem desdizer-me.
gemidos gentis volutando renasceres...
toquei a verde face de tuas palavras em rimas cúbicas
deliciei-me com nossos murmúrios ébrios
e descaradamente o poema segredante
timpanou meus sentidos em ácidos delírios
despertar-me em ânsias por chãos de papiro
e orvalhar meus dedos líricos
e num suspiro de verborragias oníricas
adormecer em meus descaminhos
poeta, eu?
eu, poeta?
eu que já não me acho e já não me há espaço
nessas velhas palavras que já não me cabem
eu que-em-dente-carne-sangro-me
em resquícios de verves viciadas
essas inocentes palavras
expostas e nuas nas esquinas
enquanto sorvem, bêbadas,
moedas de troca
de um sonho qualquer
essas debochadas palavras
elas que se dão a uns e a outros
permissivas e lascivas
ofegantes de becos e espelhos
elas que se arrastam no lodo e na infâmia
e sempre com a mesma doçura
desvendam aquarelas ao entardecer
e eu que de longe apenas espio
desaprendida de ser
poeta
eu?
Poeminhas felinos de um sábado qualquer - II
No escuro
eles brilham:
Cílios em refletor
Esse felídeo fofinho
Já foi um grande caçador
Travesso e avesso
Tem toque macio
Felino que não se aprisiona.
Soneca
Se contorce, espreguiça
Do sofá se fez rainha
Alice
O gatinho ria
e aos pedacinhos ... Desaparecia | ||||
Pintura de Carol Burgo |
De(s)amores
Psiu, eu te amo e você me ama
Mas quando a estrada chama
Gato sapeca não tem dona
Bolinha de pelo
Pretinha no chão
Ganhou serelepe
O meu coração
Sapeca
Gatinho gaiato
Brincando de ioiô
Aqui e ali
E nos olhos da moça
Mia mia alguma poesia.
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